Rio de Janeiro, 2061. Ou o que restou dele.
O mar tomou as ruas, a doença levou os corpos, e a Névoa Vermelha cobriu o que sobrou da cidade com sua fome insaciável. Abaixo dela, ninguém volta vivo. Acima, nos arranha-céus corroídos, nas favelas dos morros, a vida ainda teima em existir — dura, desesperada, inventiva.
Aqui, comida vem dos urubus, o ar é negociado e os segredos são mais valiosos que a água potável. A realidade é uma lembrança embaçada, distorcida pelas drogas, pelas crenças e pelos sussurros da névoa.
Você não é qualquer um. Você é uma lenda em carne, osso e cicatriz.
Neste mundo partido, vocês carregam mais do que armas ou mantimentos — carregam mitos, promessas, verdades perigosas. E todos querem um pedaço.
A cidade está à beira do fim — ou de um renascimento insano.
Qual será o seu papel nessa ópera febril chamada Névoa Vermelha?